A 6.ª edição da Conferência Nacional de Jovens Empresários de Angola teve um momento especial protagonizado por Nair Nany, que trouxe à plateia uma intervenção repleta de emoção e espiritualidade.
O seu contributo destacou a importância de unir a fé, os valores humanos e a resiliência ao percurso empreendedor, reforçando a ideia de que o sucesso profissional também depende do equilíbrio pessoal e espiritual.
Num encontro voltado para a partilha de experiências e para a inspiração de novas gerações de líderes, a participação de Nair Nany enfatizou que a jornada empresarial não se constrói apenas com estratégias de mercado, mas também com autenticidade, propósito e conexão interior.
Angola assinalou no sábado o Dia Mundial do Turismo com uma série de iniciativas que reforçam o potencial do país no sector. Entre os destaques esteve a inauguração da exposição internacional The Mystery Man, que chegou pela primeira vez ao continente africano, instalada no Memorial Dr. António Agostinho Neto, depois de passar por Espanha, Itália e México. A mostra, promovida pela Xplore Angola em parceria com a Optimacultura, oferece uma experiência imersiva que une ciência, arte, história e espiritualidade.
Outro marco foi a viagem inaugural do autocarro turístico de dois pisos Visit Angola, com capacidade para 70 passageiros, que percorreu a zona baixa e histórica de Luanda, proporcionando uma nova forma de conhecer a cidade.
As celebrações terminaram com o Blue Safari, passeio marítimo para observação de baleias e golfinhos, sublinhando a diversidade do turismo angolano e a importância da sustentabilidade, alinhada ao lema da Organização Mundial do Turismo: “Turismo e Transformação Sustentável”.
A cantora e empresária angolana Celma Ribas acaba de lançar uma nova gama de produtos da sua marca CR Beauty, reforçando a presença da etiqueta no mercado de cosméticos com uma proposta centrada na simplicidade e valorização da autoestima feminina.
Denominada Bare Rich, a nova linha estará disponível a partir do dia 30 de setembro, tanto no site oficial da marca como na loja física em Luanda, localizada no Projecto Nova Vida. A colecção inclui três glosses nudes, um gloss rosa, blush com iluminador e uma base líquida – todos com a promessa de resultados visíveis desde a primeira aplicação.
Para a fundadora da CR Beauty, a nova linha é mais do que uma aposta estética. “A beleza deve ser uma fonte de bem-estar e não de preocupação”, afirma Celma Ribas, sublinhando que a intenção é desafiar padrões e provar que é possível oferecer produtos acessíveis com acabamento de luxo.
O lançamento reforça o posicionamento da CR Beauty enquanto marca que procura democratizar o acesso a cosméticos de qualidade, mantendo um compromisso com a autenticidade e a autoexpressão.
A cantora Neide Sofia compartilhou recentemente reflexões sobre sua fase atual, marcada por amadurecimento e espiritualidade. Revelou que está a viver um momento de maior conexão consigo mesma e com seus valores.
“Hoje eu vivo o que realmente já deveria ter me tornado há muito tempo”, confessou, destacando que esta etapa representa não apenas crescimento pessoal, mas também uma transformação interior que influencia sua visão de vida e carreira.
Para os fãs, esta nova fase revela uma artista mais consciente, equilibrada e determinada a seguir caminhos que estejam alinhados com sua essência. O testemunho de Neide Sofia reforça a importância do autoconhecimento e da espiritualidade como pilares para uma vida mais plena.
Huambo, 25 de Setembro de 2025 – O Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) participa na segunda edição da Expo-Huambo, reafirmando a sua importância como infra-estrutura vital para a dinamização da economia nacional e para o fortalecimento da conectividade interprovincial.
Com mais de cem anos de operação, o CFB apresenta na feira os seus mais recentes avanços em transporte ferroviário e logística, destacando o compromisso com a modernização e a eficiência dos serviços.
A presença do CFB na Expo-Huambo 2025 evidencia o seu papel como vector de integração regional, ao assegurar o escoamento de mercadorias, a mobilidade de passageiros e o fortalecimento das cadeias produtivas entre o litoral e o interior de Angola.
Com esta participação, o Caminho-de-Ferro de Benguela reforça a sua missão de apoiar o desenvolvimento económico sustentável e de consolidar-se como pilar essencial da mobilidade e da competitividade nacional.
Autenticidade, paixão e persistência: três palavras que definem a carreira de Yola Semedo, uma das artistas mais icónicas de Angola. Mais do que uma cantora, Yola é símbolo de resiliência e inspiração para quem acredita que o talento, aliado à dedicação, é capaz de atravessar gerações.
Nascida no Lobito, província de Benguela, Yola cresceu rodeada de música. Os primeiros passos foram dados no grupo Impactos 4, fundado pelos seus irmãos, onde cedo percebeu que a sua voz carregava destino. A partir daí, construiu um percurso sólido, marcado pela capacidade de se reinventar sem nunca perder a sua essência.
Versátil, desliza entre kizomba, semba, zouk e soul music com naturalidade, deixando em cada interpretação uma assinatura única. Desde jovem, brilhou em palcos internacionais, como no Festival da UNESCO, e levou Angola ao mundo através da sua voz carregada de emoção.
A discografia fala por si: Minha Alma (2010), Filho Meu (2014), Sem Medo (2018) e Sou Kizombeira (2022) são álbuns que mostram tanto a evolução da artista como a sua entrega incondicional à música.
Reconhecimento não lhe falta: é uma das artistas mais premiadas do país. Em 2015, nos Angola Music Awards, arrecadou quatro troféus de uma só vez, entre eles Melhor Álbum, Melhor Semba e Melhor Kizomba consolidando o estatuto de verdadeira diva.
Mas Yola vai além dos palcos. A artista tem investido em projetos culturais inovadores, como o Conversas Acústicas, que cruza música, gastronomia e artes plásticas, aproximando ainda mais a arte do quotidiano.
E há um lado que os fãs adoram: a sua relação de proximidade e simplicidade. Mesmo sendo uma estrela, Yola mantém-se acessível, partilha momentos do dia a dia nas redes sociais e não esconde a importância da família como base da sua estabilidade pessoal e artística. Esse equilíbrio entre vida pública e vida privada é um dos segredos que lhe garante autenticidade e longevidade.
Hoje, continua a emocionar plateias, provando que a longevidade artística nasce da entrega, da coerência e da capacidade de permanecer fiel a si mesma. Yola Semedo não é apenas uma cantora é uma referência, uma inspiração e um exemplo vivo de como a paixão pode transformar uma carreira em legado
Phoenix RDC, um dos maiores nomes do hip hop em português, regressa aos lançamentos com “Aplausos”, single que marca o arranque oficial para a chegada do aguardado álbum “Último Rapper”, previsto para 17 de outubro.
O novo tema surge com a mesma intensidade de “Vencedor” – faixa que ultrapassou os 45 milhões de streams e se consolidou como um dos marcos da sua carreira – mas carrega um peso adicional: o de agradecer e, ao mesmo tempo, retribuir à comunidade que o tem acompanhado ao longo de mais de duas décadas.
“Aplausos” é, nas palavras do próprio rapper, “o som do coração depois de uma longa corrida”. Um retrato fiel da sua trajetória, marcada pela resiliência e pela verdade das ruas que moldaram o artista. Phoenix descreve cada verso como cicatriz e memória, transformados em rima para todos aqueles que caminharam consigo. O videoclipe, aberto a amigos e familiares, traduz esse espírito de partilha e pertença.
Com Último Rapper, Phoenix promete um registo que não só homenageia a sua própria jornada como também celebra a cultura do rap em português. O disco reúne um alinhamento de luxo, com colaborações que cruzam gerações e estilos: Wet Bed Gang, Nenny, Regula, Valete, Carlão, Chullage e Sam The Kid. A diversidade de vozes e abordagens confirma o caráter coletivo do projeto e reforça a importância do rapper como contador de histórias do seu tempo.
Antes do lançamento oficial, ainda será revelado um novo single em outubro, juntando-se a faixas já conhecidas como “Alzheimer”, “Terapia” e “Quando Me Chamam”. Um percurso que constrói a expectativa em torno de um álbum que se anuncia como manifesto, capaz de unir passado, presente e futuro do rap nacional.
Phoenix RDC regressa, assim, com a mesma força de sempre: fiel às origens, comprometido com a verdade e pronto para escrever mais um capítulo na história da música em português.
A Caetano Parts, empresa do Grupo Salvador Caetano, realiza de 24 de Setembro a 4 de Outubro de 2025, das 08h00 às 19h00, no Shopping Galerias Patriota, a 7.ª Feira de Peças, com descontos até 50% em peças e acessórios automóveis.
O evento, considerado uma das maiores operações do sector pós-venda em Angola, disponibiliza desde baterias, pneus, filtros, óleos e lubrificantes até motores, blocos, caixas e sistemas de iluminação, componentes que representam parte significativa dos custos de operação de viaturas particulares e frotas empresariais.
Segundo Adalberto Dias, Director de Peças da Caetano, “muitos condutores, incluindo taxistas e empresas de transporte, estão a adiar reparações devido aos custos elevados. Esta Feira é uma oportunidade para aliviar esse peso, oferecendo condições acessíveis e produtos de qualidade, essenciais para a segurança rodoviária”.
Huambo, 25 de Setembro de 2025 – O Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) inaugurou hoje a sua participação na Expo-Huambo 2025, no Pavilhão Osvaldo Serra Van-Dúnem, reafirmando o seu compromisso com o financiamento ao agronegócio e à indústria nacional, sectores vitais para a diversificação da economia angolana.
A Delegação Regional do BDA no Huambo, que cobre também as províncias do Bié, Cubango e Cuando, gere actualmente uma carteira de 399 projectos, dos quais 230 já estão em funcionamento, representando um volume de investimento superior a 39 mil milhões de Kwanzas.
Estes números traduzem o impacto directo do BDA na dinamização da economia do centro do país, contribuindo para a criação de emprego, o aumento da produção interna e a redução da dependência de importações.
A presença do BDA na Expo-Huambo 2025 reforça a sua estratégia de proximidade com os empresários e produtores locais, promovendo soluções financeiras adaptadas às necessidades do sector produtivo e estimulando o crescimento económico sustentável.
O Banco de Desenvolvimento de Angola reafirma, assim, a sua missão de financiar projectos estruturantes que potenciem o desenvolvimento regional e nacional, em alinhamento com as prioridades do Estado e os objectivos de diversificação da economia.
O Clube Overland Angola (COA) esteve de 7 a 25 de agosto numa das maiores aventuras do seu historial: uma expedição de 20 dias pelas terras de Cuando e Cubango até ao emblemático Bico de Angola. O desafio prometeu mais do que condução em picadas — foi uma jornada de superação, descoberta e comunhão com a natureza.
O itinerário incluiu mais de 3.600 quilómetros de percurso, dos quais cerca de 1.500 em trilhos de areia profunda, savana, bosques densos e zonas de chanas. Para os 16 participantes e as sete viaturas alinhadas, a missão exigiu resistência física, preparação técnica e, sobretudo, espírito de equipa.
A escolha da data não foi casual: agosto coincidiu com o auge do cacimbo, estação seca e fria, e com a migração de animais vindos da Namíbia e da Zâmbia em busca das chanas húmidas angolanas. O cenário perfeito para quem procura contacto direto com uma das regiões mais selvagens e intocadas do país.
A expedição previu passagens por locais de grande simbolismo histórico e natural, como o Cuito Cuanavale, palco de batalhas memoráveis, e Mavinga, recentemente elevada a capital do Cuando. O ponto alto foi a entrada no Parque Nacional do Luengue-Luiana, verdadeiro santuário da vida selvagem, onde búfalos, gnus, elefantes e hipopótamos circulam livremente.
O desafio, contudo, foi muito além da aventura automóvel. O COA associa-se à Volta a África, uma das maiores iniciativas solidárias nacionais, reforçando a dimensão social da expedição. “Nunca viajamos só por viajar. A aventura caminha de mãos dadas com projetos que têm impacto real nas comunidades locais”, destacaram os organizadores.
Com temperaturas extremas — dos 2 °C à noite aos 45 °C durante o dia —, terrenos minados pela história e trilhos que exigem precisão milimétrica, a caravana levou consigo não somente material de sobrevivência, mas também a determinação de quem encarou cada obstáculo como parte da recompensa.
Seleção angolana fez a festa neste domingo (24) diante da torcida, na arena do Kilamba, em Luanda. País é o principal vencedor do continente africano, com 12 conquistas. Último título tinha sido em 2013.
Angola voltou ao topo do continente africano no basquete masculino. No domingo (24), no Pavilhão Multiusos (arena do Kilamba) de Luanda, capital do país, a seleção angolana masculina venceu o Mali por 70 a 43 e conquistou o título do Afrobasket 2025. Uma conquista continental que é a 12ª na história da equipe e que não acontecia desde 2013. Childe Dundão (ANG) foi o cestinha do jogo, com 16 pontos.
Diante de uma lotada Arena do Kilamba, os angolanos dominaram do início ao fim do confronto. Eficientes na defesa, a seleção da casa começou a construiur vantagem no primeiro quarto, que foi de quatro pontos (14 a 10). No segundo período, a superioridade passou a ser maior, com Angola indo ao intervalo com 12 de vantagem (32 a 20).
Empurrada pela torcida, a equipe voltou para metade final ainda mais eficiente, tanto na frente quanto no setor defensivo. Com isso, aumentou a diferença, ajudada pelos arremessos certeiros de três de Selton Miguel (ANG) e Childe Dundão (ANG), terminando o terceiro período com 20 pontos na frente (51 a 31).
O quarto e último período confirmou a superioridade angolana. O Mali sequer ameaçou e em nenhum instante do jogo liderou o marcador. Com tranquilidade, Angola assegurou a vitória por 70 a 43 e tornou-se campeã da África pela 12ª vez - em 31 edições realizadas.
"Esse título significa muito para nós, saímos de um jejum de longo tempo. Nos preparamos muito, não podia restar dúvidas, em casa devíamos ganhar nós angolanos", comentou o ala-pivô Abou Gakou para a Rádio Nacional de Angola (RNA).
Dame Mary Martin London é mais do que uma designer; é uma contadora de histórias, uma ponte cultural e uma rainha na sua própria essência. CoroadaQueen Mother of the Diasporana sua terra, Gana (Mama Nenyo I de Mafi Anfoe), o seu trabalho funde herança, sustentabilidade e alta-costura. A sua mais recente colecção,“Queen of All Nations”, criada durante o período de recuperação de uma cirurgia, presta homenagem à Rainha Ronke Ademiluyi-Ogunwusi e ergue-se como símbolo de resiliência, criatividade e fé. Da música à alta-costura, Mary Martin London incorpora criatividade com propósito.
Nesta entrevista exclusiva a Revista Chocolate Lifestyle, a designer residente em Londres partilha a sua jornada, em que inclui vestir a Miss World Angola; inspirações e a filosofia que orienta a sua arte.
RC: Mary, começou a sua carreira na música antes de se dedicar à moda. Como aconteceu essa transição e de que forma a música influenciou o seu trabalho como designer?
MM: Sim, comecei na indústria da música, que era um ambiente muito expressivo e criativo. A música ensinou-me ritmo, emoção e o poder da narrativa elementos que se traduzem de forma magnífica na moda. A transição aconteceu de forma natural. Sempre fui apaixonada por estilo e design e, durante a minha fase na música, já criava figurinos e peças únicas para mim e para outros. Eventualmente, percebi que a moda era o meio no qual poderia expressar totalmente a minha visão artística. As minhas colecções têm muitas vezes a mesma energia da música um ritmo forte, um crescendo dramático e uma história que se revela em cada peça na passerelle.
RC: Foi coroada Queen Mother of the Diaspora no Gana. Como é que este título impactou a sua visão criativa e o seu compromisso com a cultura africana?
MM: Ser coroada Queen Mother of the Diaspora no Gana Mama Nenyo I de Mafi Anfoe, na região do Volta foi uma das experiências mais humildes e transformadoras da minha carreira. É mais do que um título; é uma responsabilidade de honrar os meus antepassados e garantir que o seu legado nunca seja esquecido. Eles suportaram tanto para que eu pudesse estar onde estou hoje. Esse conhecimento molda a minha visão criativa, cada coleção carrega um sentido de realeza, orgulho e gratidão pelas gerações que abriram o caminho.
RC: As suas colecções abordam temas fortes, desde figuras icónicas como David Bowie até questões históricas como a escravatura. Como escolhe os temas que deseja explorar?
MM: Escolho temas que me tocam a um nível profundo e emocional. Pode ser uma figura cultural cuja energia me inspira ou um capítulo da história que precisa ser recontado através de uma lente criativa. Às vezes é uma ligação pessoal; outras, é sobre provocar uma conversa que o mundo precisa de ter. Como Mama Nenyo I, sinto também o dever de destacar histórias de África e da diáspora que transportam a nossa herança com dignidade e força.
RC: Uma das suas marcas registadas é o uso de materiais reciclados e peças vintage. Quão importante é a sustentabilidade no seu processo criativo?
MM: A sustentabilidade é essencial na minha filosofia criativa. Sempre adorei dar nova vida a algo que já carrega uma história. Usar materiais reciclados e vintage significa que as minhas criações têm história incorporada e isso desafia-me a inovar dentro dessas fronteiras. É também a minha forma de incentivar a indústria a refletir sobre o impacto ambiental da moda, sem deixar de criar algo luxuoso e intemporal.
RC: Já vestiu várias personalidades de destaque. Há algum momento ou cliente que considere verdadeiramente inesquecível?
MM: Oh, houve muitos momentos mágicos, mas um que se destaca foi quando vesti Heather Small a sua presença, voz e confiança deram vida ao vestido de uma forma poderosa. Vê-la usar a minha criação e apropriar-se dela completamente foi inesquecível. Momentos assim lembram-me de que, esteja em Londres, no Gana ou em qualquer parte do mundo, o meu papel como Mama Nenyo I é representar a excelência e a criatividade do continente africano.
RC: A coleção “The Return – Black Excellence” foi histórica por ter sido fotografada no Foreign Commonwealth and Development Office durante o Black History Month. Qual foi o significado desse momento para si?
MM: Foi monumental. Esse momento simbolizou uma ponte entre culturas, histórias e nações. Apresentar ‘The Return Black Excellence’ num espaço tão prestigiado, durante o Black History Month, foi uma afirmação de que a criatividade, a excelência e a história negra merecem um lugar no coração das instituições globais. Para mim, como Mama Nenyo I, foi também profundamente pessoal levei os meus antepassados comigo para aquela sala. Tudo o que faço é um tributo a eles, porque sem a sua resiliência, eu não estaria aqui a contar a nossa história através da moda.
RC: A natureza e a herança cultural africana aparecem frequentemente como inspirações nas suas peças. Pode falar-nos mais sobre a criação de estampados como “Slaves in the Trees” e outras influências visuais?
MM: ‘Slaves in the Trees’ foi uma homenagem aos meus antepassados se não fosse por eles, eu não estaria aqui hoje. Surgiu de uma visão poderosa que tive da história escondida à vista de todos, histórias incorporadas no mundo natural. Quis unir a beleza das paisagens africanas com a verdade dolorosa do nosso passado, criando arte que faz as pessoas parar, refletir e sentir. As minhas influências vêm de todo o lado: arte africana, música, folclore, até a cultura urbana. Como Mama Nenyo I, inspiro-me profundamente nas tradições da região do Volta e no simbolismo encontrado nos nossos padrões, cores e narrativas.
RC: Trabalha com uma equipa diversificada, incluindo modelos e profissionais de várias áreas artísticas. Como é que essa diversidade contribui para a sua marca?
MM A diversidade é a alma da minha marca. Cada modelo, fotógrafo, maquilhador e colaborador traz consigo a sua própria lente cultural, o que enriquece a narrativa das minhas colecções. A moda é universal e, quando temos uma equipa que reflete o mundo, o trabalho ressoa de forma mais profunda e autêntica.
RC: O que considera ser o maior desafio em manter um estilo tão arrojado e distintivo num mercado global cada vez mais acelerado e comercial?
MM: O maior desafio é manter-se fiel à sua voz quando a indústria pressiona pela velocidade e pela uniformidade. A fast fashion e as tendências comerciais podem diluir a individualidade, mas acredito que é vital permanecer autêntica. O meu estilo é arrojado porque transporta história, herança e uma mensagem isso não é algo com que esteja disposta a comprometer-me. O desafio é real, mas é também o que me mantém focada e determinada em criar algo intemporal em vez de temporário.”
RC: Quais são os próximos projetos ou sonhos que tem para a Mary Martin London? MM:
Estou a trabalhar na criação de um centro criativo na minha aldeia, Mafi Anfoe, onde os jovens possam explorar moda, arte e cultura enquanto se conectam com a sua herança. Procuro investidores que partilhem esta visão para tornar isto realidade um espaço que inspire criatividade, preserve tradições e abra oportunidades para as futuras gerações. Também quero expandir para o lifestyle e interiores, levando essa mesma narrativa de alta-costura para dentro das casas.”
RC: Já considerou vir a Angola para realizar um desfile de moda? MM:
Sem dúvida! Angola é rica em cultura, energia e estilo. Adoraria levar o meu trabalho até aí, colaborar com criativos locais e criar algo que una a minha visão com a incrível herança de Angola. Acredito que seria uma troca verdadeiramente espetacular.”
RC: Já vestiu alguma figura angolana? MM: Sim, a Miss World Angola usou uma das minhas criações na London Fashion Week, e ela desfilou com tanta elegância e orgulho. Foi um momento maravilhoso de intercâmbio cultural, e espero vestir mais figuras angolanas no futuro.
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