No norte de Marrocos localiza-se Chefchaouen, um dos lugares mais bonitos das montanhas do Rif, com centenas de casas pintadas de branco e azul. Só as suas lojas de artesanato quebram o feitiço monocromático.
Um dos destinos mais famosos de África é a isolada Chefchaouen, a sua Medina é uma das localidades mais procuradas por influenciadores, fotógrafos e fanáticos por Instagram, pois todas as suas ruas possuem as paredes tingidas de azul, tornando a cidade um exemplar único.
Não existe uma razão comprovada para a cidade ser toda pintada de azul. A teoria mais aceite é de que, durante a Inquisição Espanhola, logo após a fundação da cidade no século XV, vários judeus sefarditas migraram para lá e como costume judaico, pintaram a área em que habitavam de azul, pois a cor remete ao céu e consequentemente, ao divino. Se pararmos para pensar, o azul é uma cor bem comum no judaísmo, tal como a bandeira de Israel e a cidade de Safed.
Além disso, naquela época, a região seria infestada por mosquitos e os árabes, ao verem que na área judaica da cidade os mosquitos não permaneciam, resolveram copiar e pintar todo o resto de azul. Isso deve-se ao facto de os mosquitos associarem a cor à água, pois os insectos gostam de estar perto dela, mas não dentro dela. Se a cor afasta ou não os mosquitos, não se sabe, mas certamente a cidade azul atrai outro tipo de enxames: os de turistas, que garantem que a tradição perdure, pois asseguram o movimento na economia local.
Ao contrário da maioria das localidades turísticas do Marrocos, Chefchaouen é uma cidade bem tranquila, onde é possível caminhar, tirar fotos e observar a vida local sem muita preocupação.
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