A volta à cidade do Namibe, vai lhe proporcionar a curiosidade de conhecer a Baia dos Tigres, mais ao sul da província e a curiosidade aumenta ainda mais ao prestigiar uma herança colonial varrida pelas areias provenientes do deserto.
Na verdade, trata-se de um ilha que no passado foi habitada por pescadores portugueses do Algarve, que na era colonial faziam as suas actividades de pesca e produção para o mantimento de peixes em Luanda e resto do país.

O mais importante é que estas ruínas, abandonadas há 45 anos é um dos pontos de Moçâmedes para a geração de receitas, devido ao interesse de turistas. Uns por terem parentes que já viveram e trabalharam neste lugar, outros por mera curiosidade para ficar nos seus registos de viagem.
Logo na entrada da Baia dos Tigres, que é apenas uma rua que dá lugar à foz do rio Cunene, quem ela visita, vai encantar-se com as habitações da época, cujas dunas do deserto fazem as hostes, e são as unidades que serviam de tratamento de peixes. Tem uma grande capela que é o ponto para que vem de tão distante e perde-se ao longo do caminho, próximo a estrutura tem a escola e um hospital que nem um tempo tem sido capaz de apagar devido ao cimento de palafita que deixa todas as infraestruturas intactas e que hoje é uma atração histórica.

Mas apesar da população sucumbir com a falta de bens de primeira necessidade e ao plâncton, o factor que se sobrepôs a todos os condicionalismos que impunham as maiores dificuldades à presença humana, a pequena ilha alberga uma grande diversidade marinha devido a corrente fria, apropriada para um lar de milhares de peixes. Pelos americanos e ingleses que faziam a rota da Ilha de Santa Helena à costa angolana para a pesca, apelidaram a Baía dos Tigres de Great Fish Bay (Grande Baía de Pesca).
É provável que no litoral encontre tartarugas, aves de várias espécies que transformaram o lugar em seus lares e um conjunto de mariscos circulando na beira do mar, cujo vento é equiparado a de um tigre e daí o nome ao velho povoado.
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