Zezé Motta Relembra a Conquista do Papel de Xica da Silva e a Surpresa com Críticas Iniciais

 Com 56 anos de carreira, a atriz Zezé Motta reflete sobre um dos marcos mais significativos da sua trajetória: o papel de Xica da Silva no icónico filme de 1976. Em entrevista à CARAS Brasil, Zezé recorda a emoção ao ser escolhida para a personagem, uma oportunidade que mudou a sua vida e a lançou para o estrelato mundial. O papel não apenas destacou a história da escrava alforrada que ascendeu socialmente em Minas Gerais, como também foi um divisor de águas na representação de protagonistas negras no cinema.

Zezé compartilha a angústia dos testes e a alegria indescritível ao receber a notícia da sua seleção, um momento que ela descreve como um verdadeiro “boom” na sua carreira. Ela também relembra uma crítica curiosa da época que a chamou “negra feia, porém exuberante”, uma observação que a surpreendeu, especialmente porque ela achava a própria foto muito bonita.

O sucesso de Xica da Silva, que a levou a ganhar vários prémios, confirmou a sua beleza e talento a uma escala global. Zezé destaca que, apesar de não ter consciência de militância na época, já sentia um desconforto com o preconceito existente, refletindo sobre a luta contínua contra o racismo e a discriminação.