Embora pareça, viver da moda não é algo passível de acontecer do dia para a noite. Uns têm sorte, enquanto outros trabalham no duro para ter um lugar onde sempre desejaram estar.
Pensar fora da caixa é a palavra de ordem e quem consegue ganha destaque. Esta é a regra em qualquer canto do mundo.
Quem são os jovens que estão a transformar o mundo da moda em Angola? Vieg Yuri, designer sensação no país da Palanca Negra Gigante, deu-nos uns minutos do seu tempo para nos falar como tem evoluído o meio e o que estes novos designers têm para oferecer.
À primeira vista sente-se uma atmosfera que nos remete
à sustentabilidade, natureza e tudo o que ela envolve. Malas, chapéus, acessórios e até pedaços de troncos de cortiça, e para que todos se situem na parede está escrito “PELCOR, The genuine cork skin”. Foi lá onde a nossa entrevista se desenrolou.
à sustentabilidade, natureza e tudo o que ela envolve. Malas, chapéus, acessórios e até pedaços de troncos de cortiça, e para que todos se situem na parede está escrito “PELCOR, The genuine cork skin”. Foi lá onde a nossa entrevista se desenrolou.
Vanilson Viegas deu vida a Vieg Yuro. Designer que se tornou amante da moda, aos 22 anos. Neste momento, vive das suas criações e a sua marca é uma lufada de ar fresco na moda angolana, que é um cruzamento de vários estilos e países.
“Viver da moda em Angola é muito relativo. É complicado. O público angolano ainda não consome as marcas que nascem no próprio país, muitas vezes nem apoiam, apesar que já se vê mais adesão, mas ainda existe um caminho longo a percorrer. Já consigo viver das minhas criações, a maioria não”, afirmou-nos Vieg Yuro.
O objetivo da marca, que não tem um CEO e sim uma equipa que trabalha em prol do mesmo, é satisfazer os seus clientes de uma forma diferente, colorida e exclusiva. É uma marca jovem, “considerada uma das mais jovens e mais conceituadas no mercado angolano. A prova disso é eu conseguir viver disso”.
Vieg Yuro não quer ser apenas uma marca focada numa faixa etária, quer chegar a todos, dos 8 aos 80 anos.
“Eu pesquiso muito, não me deixo ficar atrás no tempo, estou constamente a investigar coisas novas, durmo tarde, sempre. Para poder acordar no dia seguinte e criar coisas novas e diferentes. Tudo me inspira, desde o que vejo na rua a uma tribo num filme, acaba tudo por ser pesquisa e depois criação. E as pessoas aí, vêem que a marca está sempre em crescimento”, explicou Vieg.
O facto de estar sempre atento às novas tendências, desde o que se usa em África e na América, faz com que se mantenha atual e marque um posicionamento só seu no mercado têxtil e streetwear. Vieg Yuro não classifica as suas produções como coleções, mas sim vibes, “é algo mais intenso”.
A exclusividade é um dos pontos fulcrais da marca. O criador tem noção que não chega a mais pessoas devido aos preços que aplica nas suas peças, mas também é uma forma que Vieg viu para se diferenciar dos demais, pautando pela qualidade, sempre.
As roupas que faz são peças de arte. Vai além do tecido, envolve amor, sentimento, confiança e descobrimento, acima de tudo. O que fez com que a parceria com a Pelcor nascesse. “O Rui gostou da nossa forma de trabalhar, da minha visibilidade e seguimos em frente com a parceria.”
A cada ano que passa Vieg tenta reinventar-se e trazer algo novo para quem gosta da sua marca. Afirmou que terá supresas a caminho e conta também com novas colaborações. A Vieg Yuro, não se trata apenas de uma marca”, são duas palavras, estilo e ousadia”, concluiu.
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