
Conheça as pinturas rupestres de Tchitundo-Hulo, um dos locais culturais mais valiosos de Angola
Imagine um lugar diferente e de muitas descobertas, que relata a forma de vida de povos muito antigos, onde cada detalhe é um vestígio.

Pois é, trata-se do Tchitundo-Hulo, são pinturas rupestres desenhadas com muita descrição, nas grutas remotas do Sul de Angola. Os vestígios arqueológicos são um dos mais importantes do país.
As misteriosas pinturas estão localizadas no meio do Deserto do Namibe e são lembranças deixadas pelos povos que habitaram naquele lugar.
Com cerca de 130 quilómetros da sede do município do Virei, o Tchitundo-Hulo é considerado um dos sítios culturais mais valiosos de Angola. As pinturas expostas ao ar e as rochas do deserto estão decoradas com várias figuras e desenhos abstractos, que contam a história dos povos antigos do país.
À volta, o cenário é cor de areia e o terreno seco e pedregoso. Alguns cabritos mordiscam arbustos raquíticos e são visíveis os ‘sambos’ (currais circulares fechados com ramos) dos pastores mucabais que ali habitam, invisíveis, mas vigilantes, sempre atentos aos visitantes.
As pinturas começaram a ser estudadas em 1952, mas até aos dias de hoje o significado de muitas ainda está por descobrir. Não se sabe exactamente quem deixou os desenhos, nem por quê. Alguns assemelham-se a formas de animais, adivinhando-se peixes e tartarugas, outros são círculos e formas abstractas que poderão ser representações do céu e dos astros.
Alguns especialistas estimam que os autores tenham sido khoisan ou cuisses-tua, povos ancestrais que estavam já instalados no sul de Angola antes da chegada dos bantus, o grupo étnico maioritário no país.

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