Uma tendência baptizada em Angola com o nome de ‘nigeriana’ tornou-se destaque, usada principalmente por noivas nas cerimónias de casamento tradicional. A mulher angolana, encantada pelo traje nigeriano, actualmente, tem apreciado com maior paixão o estilo ‘Aso ebi’ – vestimenta tradicionalmente do povo do sudoeste da Nigéria ‘os iorubás’ e aculturado por alguns outros países africanos, como a Serra Leoa e Gâmbia.
A palavra aso em iorubá significa pano, enquanto ebi significa família. Portanto, literalmente, aso ebi significa pano de família. Vale ressaltar que os iorubás têm em alta estima o vestuário e a moda. Estar bem vestido desempenhou um papel significativo no sistema de classes iorubá, muita importância atribuída ao tamanho, cor, qualidade e quantidade de tecido.
Segundo Ayodele Olukoju, um historiador económico nigeriano, acredita que o aso ebi se tornou uma novidade em 1920, durante um período de inflação económica Pós- Primeira Guerra Mundial desencadeado pelos preços mais elevados de produtos como o óleo de palma.
Neste período, membros de organizações de mulheres compareciam a cerimónias e aniversários de parentes no mesmo estilo de vestido, sandálias, lappa, avental ou colar. De meados da década de 1960 até o final da década de 1970, os nigerianos esforçavam para atender à crescente demanda e aos designs de trajes, às vezes com o auxílio das páginas de moda das revistas para fazer escolhas de estilo.
Com o aparecimento das redes sociais, o acesso a realidade de outros países tornou-se possível num clique. O mundo ficou mais próximo de quem navega! Foi daí, que muitas mulheres angolanas conheceram o traje aso ebi.
Em Angola, o traje passou a ser caracterizado pelo pano e/ou renda de textura rara, brilhante e cheio de missangas finas que transmite riqueza. Para a sua composição, as mulheres no casamento tradicional usam a amarração de turbante na cabeça e abano artesanal cuja a referência de ambos é da Nigéria. Sendo assim, o estilo aso ebi não é apenas associado ao glamour, é sobre a arte e cultura.
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