Dieta vegana: o que é importante saber

 Nutrição e saúde

Nos últimos anos, a dieta plant-based ou vegana como também é conhecida, tem ganho destaque não apenas como um padrão alimentar saudável, mas também como uma escolha sustentável para o planeta.

Dieta vegana: o que é importante saber

Esta abordagem alimentar baseia-se na ingestão de alimentos de origem vegetal e embora muitos benefícios sejam relatados, quer para a saúde quer para o ambiente, é fundamental reconhecer que a sua adoção inadequada apresenta riscos de deficiências nutricionais muito elevados.

Podemos referir em primeiro lugar a deficiência dos nutrientes que são fornecidos exclusivamente pelos alimentos de origem animal como a Vitamina B12 e o ferro Heme. A implementação de uma alimentação que exclua alimentos de origem animal, requer, portanto, o planeamento nutricional rigoroso e criterioso e respectiva suplementação do nutrientes não encontrados nos vegetais.
A presença de anti-nutrientes também deve ser acautelada, o que exige a implementação de estratégias de preparação dos alimentos como a de molha de leguminosas e grãos e conjugação adequada de alimentos que promovam a absorção dos nutrientes.

A adoção de uma alimentação vegetaria saudável é portando, possível mas requer o acompanhamento profissional, caso contrário, deficiências extremas e prolongadas de nutrientes essências pode levar é morte.
Os transtornos nutricionais causados por más escolhas são bastante conhecidos, mas divulgam-se habitualmente situações relacionadas com excesso de consumo de calorias e sobrepeso.

No entanto as deficiências proteico-energéticas são frequentes e não podem ser negligenciadas.
Recentemente soube-se da morte prematura de uma jovem influenciadora causada pela prática de uma dieta altamente restritiva durante vários anos. O caso revelou contornos que preocuparam não só opinião publica como as instituições de saúde por colocar a descoberto o risco que correm milhares de pessoas pela má utilização das redes sociais.

Dieta vegana: o que é importante saber

Seguir influenciadores que não são da área da saúde e que promovam comportamentos perigosos deve ser visto como um caso de saúde pública.
Optar por uma abordagem alimentar diferente é um direito de qualquer pessoa, independentemente das crenças e motivações. Porém esta escolha deve ser suportada por evidência científica e devidamente orientada individualmente.

Como é possível que alguém que morre por desnutrição estava a influenciar milhares de pessoas?

Há que apelar ao bom senso de quem consome as redes sociais. Há que implementar normas que protejam os mais frágeis deste tipo de conteúdo que trás impactos tão sérios para a saúde da população em geral.


Não podemos continuar a normalizar todas as modas que aparecem…fazer jejum de vários dias, reduzir o consumo de água para proteger o planeta e agora até o jejum prolongado de água?!! Onde iremos parar?
O consumo equilibrado é, e continuará a ser a melhor opção para a humanidade e para o planeta.
Está claro que o consumo de proteína animal que se verifica atualmente em todo o mundo é excessivo e que deve haver uma redução substancial que respeite as reais necessidades nutricionais energéticas do individuo.

Essa preocupação por parte de cada habitante só por si já teria um considerável impacto nas despesas de saúde bem como no planeta.
Não precisamos, no entanto, partir para praticas extremistas, mas sim tornar-nos mais conscienciosos das nossas verdadeiras necessidades e respeitá-las.

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