A actriz angolana Khristall África iniciou sexta-feira no espaço Casa do Coreto, na capital portuguesa, Lisboa, uma temporada de apresentação do espectáculo “O Câncer”. O monólogo voltou a ser exibido ontem, 14 de julho, às 19:00, no mesmo espaço.
Segundo a mesma, em declarações ontem ao Jornal de Angola, trata-se de uma temporada de apresentação do espectáculo mais conhecido do seu repertório no espaço público português, não sendo alvo de alteração da trama. A viver em Portugal na sequência de uma residência artística de que beneficiou em 2021, Khristall África revelou que tem procurado levar as características da dramaturgia angolana aos palcos onde se apresenta.
A obra “O Câncer” teve a sua estreia na 25.ª edição do Festival Internacional de Teatro de Setúbal, Portugal, que decorreu de 17 a 26 de agosto do ano passado, tendo sido premiada com uma menção honrosa. Esta peça resulta de uma residência artística ganha pela actriz angolana em 2021, patrocinada pela Fundação Calouste Gulbenkian, em colaboração com o Instituto Camões de Luanda e o projecto Procultura, sendo uma bolsa de mobilidade dos artistas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste. Khristall África concluiu com distinção a residência artística organizada em Torres Vedras, Portugal, e foi dessa experiência que surgiu a ideia da construção do monólogo “O Câncer”.
Khristall África é o pseudónimo de Amélia Raquel Rosa Ngueve, cujo grande interesse pela dramaturgia em geral começou quando a Televisão Pública de Angola (TPA) exibia a telenovela juvenil brasileira “Malhação”. Por isso, quando era criança, a artista ficava admirada como as pessoas poderiam estar numa televisão tão pequena. Tem passagens, ainda, pelo grupo de teatro Julu, em que teve inúmeras colaborações durante três anos. Teve também uma rápida passagem pelo grupo 1.º de maio, dirigido por Ângelo Cristóvão.
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