Angola pretende internacionalizar o Museu do Reino do Kongo e recuperar peças no estrangeiro
O acervo do Museu Regional do Reino do Kongo, que chegou a ter mais de 2.000 artefactos, tem actualmente pouco mais de 100 peças, que o Governo angolano espera aumentar com um processo de recuperação feito noutros países.
O museu, instalado no antigo palácio real construído em 1901, distribui-se por seis pequenas salas, destacando-se na entrada os retractos de figuras reais e de Henrique, filho do rei do Congo, o primeiro bispo negro africano, sagrado em 1520.
Há também aspectos da vida socioeconómica, incluindo artefactos ligados à caça e à pesca, bem como moedas que serviam para o comércio – pequenas conchas a que davam o nome de zimbos – objectos de uso pessoal, símbolos do poder real, vestuário, instrumentos musicais e outros de uso ritual ou usadas em tratamentos tradicionais, como explicou o conhecedor guia Kediamosiko Toko, citado pela RNA.
O reino do Congo expandia-se nessa altura por três países, a República Democrática do Congo, o Congo Brazzaville e uma parte do Gabão, além das actuais seis províncias angolanas do Norte, o que levou o executivo angolano a alterar o estatuto do museu, explica o director, Avelino Manzueto.
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