Desde o passado dia 14 de janeiro, o universo digital enfrenta uma transformação: os filtros criados por terceiros para Instagram e Facebook deixaram de existir, encerrando um ciclo de sete anos marcado por narizes mais finos, “fox eyes” e faces harmonizadas. A decisão, anunciada pela Meta, não é uma resposta direta às críticas sobre os padrões irreais de beleza impostos pelos filtros, mas uma realocação estratégica de investimento. Ainda assim, o impacto promete ser profundo, especialmente para as mulheres.
Os filtros, antes sinónimo de diversão e criatividade, tornaram-se um reflexo da pressão estética. Estudos apontam que 84% das jovens de 13 anos já alteram fotos para validação social, enquanto cirurgias estéticas para imitar esses efeitos aumentaram exponencialmente. A mudança, embora positiva para a saúde mental a longo prazo, deixa um vazio imediato: a sensação de insegurança e dependência.
Para especialistas, esta nova era digital exige um ajuste emocional. “Será necessário reconstruir a autoestima e praticar a autocompaixão”, alerta a psicóloga Valeska. Enquanto isso, a queda dos filtros abre caminho para um diálogo mais honesto sobre beleza, aceitação e padrões realistas. Afinal, o rosto real nunca sai de moda.
Fotografias com filtros
Fotografias sem filtros
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