COM 150 ANOS DE ATRASO, JACK DANIEL’S RECONHECE QUE ESCRAVO NEGRO DESENVOLVEU A SUA RECEITA
Provavelmente nunca ouviste falar de Nearis Green, um escravo negro de uma destilaria nos Estados Unidos, nos meados do século XIX. Mas já deves ter com certeza ouvido falar de Jasper Daniel ou mais conhecido como Jack Daniel que, há 150 anos, criou uma marca de uísque.
Na verdade, foi Nearis quem ensinou tudo a Jack. Aos poucos a verdadeira história do uísque mais vendido do mundo (e de uma das marcas mais icónicas dos Estados Unidos) vai revelando que quem estava por trás da receita e das técnicas de destilação do Jack Daniel’s era um escravo. Na biografia “Jack Daniel’s Legacy”, escrita em 1967, o nome de Neris é mencionado como o melhor fazedor de whiskey que Daniel algum vez conheceu, escreveu o The Washington Post. Mesmo assim, só agora a empresa reconhece a importância de Nearis na construção da marca e da bebida.
“Foi necessário chegar agora o aniversário para começarmos a falar de nós mesmos”, disse Nelson Eddy, o historiador da empresa, ao Times.
Em 1850, Green foi um dos poucos escravos pertencentes a Dan Call, que era lojista e tinha uma destilaria, que terá permanecido mesmo depois de ganhar a sua liberdade. Green serviu como mestre destilador na propriedade e ficou conhecido como “Tio Nearis”.
A escravatura foi abolida 15 anos mais tarde, altura em que Jack Daniel abriu uma destilaria própria e contratou dois dos filhos de Neris Green, que lhe tinha ensinado tudo o que sabia sobre whiskey.
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