
“O Filho do Homem ”: a sublime obra de arte do surrealista belga René Magritte
“O Filho do Homem” (em francês, “Le fils de l’homme”) é uma pintura de 1964 do pintor surrealista belga René Magritte.

Magritte pintou-o como um auto-retrato. A pintura consiste num homem de fato e chapéu-coco, em pé à frente de um pequeno muro, com o mar e um céu nublado ao fundo. O rosto do homem é, em grande parte, ocultado por uma maçã verde pairando no ar.
Apesar disso, os seus olhos podem ser vistos na borda da maçã. Outra característica subtil é que o braço esquerdo do homem parece dobrar para trás no cotovelo.

Sobre a pintura, Magritte comentou:
“Pelo menos ela esconde o rosto parcialmente. Assim, tem a face aparente, a maçã, escondendo o visível mas oculto, o rosto da pessoa. É algo que acontece constantemente. Tudo o que nós vemos esconde outra coisa, nós queremos sempre ver o que está escondido pelo que nós vemos.
Há um interesse naquilo que está escondido e no que o visível não nos mostra. Esse interesse pode tomar a forma de um sentimento relativamente intenso, um tipo de conflito, pode dizer-se, entre o visível que está escondido e o visível que está presente”.

René François Ghislain Magritte (1898 – 1967) foi um dos principais artistas surrealistas belgas.
Em 1916, Magritte ingressou na Académie Royale des Beaux-Arts, em Bruxelas.
Fez pinturas de objectos comuns em contextos incomuns, e assim criou a sua própria forma de poesia para expressar o seu inconsciente, de uma forma filosófica e conceptual. O artista, ao contrário dos outros surrealistas, era uma pessoa perturbadoramente comum, que vestia sempre um sobretudo, fato e gravata.
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